sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sistema Cardiovascular em Chordata



 

As características principais dos cordados são a presença de notocorda, sistema nervoso dorsal, fendas branquiais e cauda em alguma etapa da vida. São triblásticos, celomados, metamerizados e deuterostômios. A maioria possui esqueleto e sistema circulatório fechado, com coração ventral.

São classificados em três subfilos: urocordados, cefalocordados e vertebrados (ou craniados), sendo os dois primeiros também chamados de protocordados, não possuindo crânio nem vértebras. Vertebrados podem ou não ter vértebras, mas apresentam crânio ósseo ou cartilaginoso, e encéfalo associado a órgãos do sentido
especializados. Sua notocorda é substituída pela coluna vertebral no estágio embrionário, sendo os peixes-bruxas a única exceção.

Subfilo Urochordata

Animais marinhos que vivem fixos, solitários ou em colônias. Quando adultos, preservam as fendas branquiais. A ascídia é o representante mais
conhecido.

Têm corpo revestido por uma túnica, com dois sifões: um para a entrada de água (inalante) e outro para a saída dela, de excretas e gametas (exalante). A água efetua trocas gasosas, elimina excretas e traz consigo partículas alimentares. A boca fica no fundo do sifão inalante, e conduz o alimento para a faringe, que se direciona ao estômago com o auxílio de cílios presentes nesta, de uma região denominada endóstilo. No intestino, os nutrientes são absorvidos e depois distribuídos pelo corpo via hemolinfa. Substâncias indesejadas são eliminadas pelo ânus.

O sistema circulatório é aberto, com coração que bombeia em direções alternadas, em momentos distintos. Trocas gasosas ocorrem nas bolsas sinusoides. Possuem sistema nervoso ganglionar e receptores táteis na abertura dos sifões.

A maioria é monoica, de fecundação externa. O
desenvolvimento é indireto; alguns exemplares podem, ainda, dar origem a outros por brotamento.

Subfilo Cephalochordata

Representado pelos anfioxos: animais marinhos que vivem predominantemente enterrados. Têm corpo semitransparente, achatado e afilado nas extremidades; nadam por ondulação lateral do corpo, com nadadeiras de número ímpar, formadas por dobras da pele; e músculos em forma de “V”, presentes aos pares (miótomos).

São filtradores, boca com cirros bucais. O sistema circulatório é fechado, com seios venosos para bombeamento. Não possuem estômago, mas o intestino secreta enzimas digestórias. Têm também cordão nervoso dorsal, com região fotossensível. São dioicos, de fecundação externa e desenvolvimento indireto.

Subfilo Vertebrata

Podem ou não apresentar mandíbula, sendo classificados de forma artificial em Gnatostomados e Ágnatos, esses são os peixes-bruxas (Classe Myxine) e lampreias (Classe Petromyzontida) e aqueles, os peixes e tetrápodes (anfíbios, répteis, aves e mamíferos).

Ágnatos têm corpo cilíndrico, alongado, sem escamas ou mandíbulas, com brânquias, nadadeira em número ímpar e boca circular; e esqueleto cartilaginoso.

Os Gnatostomados são adaptados aos mais diferentes ambientes e variáveis em termos de tamanho. Possuem crista neural na fase embrionária, pele formada por derme e epiderme, corpo sustentado por endoesqueleto axial e apendicular e anexos embrionários. 
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

Sistema Circulatório em Echinodermata


  
  São conhecidas aproximadamente 6000 espécies pertencentes ao filo Echinodermata. Esses animais de epiderme e esqueleto interno calcários são triblásticos, celomados, sem metameria e deuterostômios, podendo apresentar espinhos. De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica. No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial.

  O
sistema  hidrovascular (ou ambulacral), uma característica peculiar do filo, desempenha funções de locomoção, fixação e captura de alimentos. Além disso, auxilia na respiração e excreção. Ele consiste em canais cheios de água marinha, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo. A pressão exercida na água pelos pés ambulacrais permite a locomoção, fixação e captura de alimentos destes animais.

O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma.

O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial. Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular.

Sistema Cardiovascular em Arthropoda

   O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto. O sangue circula sob baixa pressão, lentamente, passando por cavidades denominadas hemoceles. Difere dos vertebrados por possuírem um sangue de baixa celularidade, chamado de hemolinfa.
 Nos Artrópodes  onde a distribuição de gases provenientes da respiração se dá pela circulação, o sangue contém o pigmento respiratório conhecido  como hemocianina (semelhante à hemoglobina dos vertebrados e anelídeos). Os insetos, quilópodes e diplópodes não possuem esse pigmento, pois a chegada do oxigênio se dá por meio do sistema de traquéias.


Sistema Cardiovascular em Annelida


 Vulgarmente chamam-se anelídeos (Annelida - do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) aos vermes segmentados - com o corpo formado por "anéis" - do filo Annelida como a minhoca e a sanguessuga. Existem mais de 15.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até mais de 3 metros.
     Os anelídeos são vermes de corpo dividido em anéis alongado, são encontrados em ambientes terrestre, marinhos e dulcícola.
      Os seus anéis também são chamados de segmentos ou metâmeros (do grego meta, sucessão; metros, parte). Nos anelídeos a metameria = isto é, a divisão do corpo em metâmeros = apresenta - se tanto externa como internamente, uma vez que cada anel abriga diversos órgãos individualizados, como nervos, estruturas musculares e unidades excretoras.
As minhocas, as sanguessugas e as nereidas são exemplos de anelídeos.
       O aparelho circulatório é basicamente formado por um vaso longitudinal dorsal, sobre o tubo digestivo, e por dois vasos longitudinais ventrais, um deles situado sob o tubo digestivo e outro sob o cordão nervoso. A respiração ocorre, em alguns, em redes capilares nas paredes do corpo (minhocas); em outros, através de contrações musculares, e a troca gasosa ocorre nas paredes do intestino terminal. O aparelho excretor é formado por uma série de tubos, com uma extremidade aberta para o exterior e a outra, para o celoma


Sistema Circulatório em Molluscos

    
    O sistema circulatório dos moluscos é do tipo aberto ou lacunar, onde o sangue é impulsionado por uma bomba, que é o coração, passa no interior de alguns vasos sanguíneos e chega a lacunas (hemoceles) encontradas entre os diversos tecidos, circulando lentamente nesse local, sob baixa pressão, levando nutrientes e oxigênio e recolhendo gás carbônico e outros resíduos oriundos do metabolismo.


A única exceção são os cefalópodes, que possuem sistema circulatório fechado, exigindo alta pressão por se locomoverem muito rapidamente.

Fontes:
http://www.cartage.org.lb/en/themes/sciences/lifescience/generalbiology/physiology/CirculatorySystem/CirculatorySystem/TypesCirculatory/TypesCirculatory.htm

Sistema Cardiovascular(ausente) em Nematoda

Os nematódeos, ou nematelmintos, são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades, semelhantes a um fio (nema = fio). São parasitas de seres humanos, animais e plantas, tendo grande importância em saúde.
Antigamente nematoda era uma classe do filo dos Asquelmintos. As classes foram elevadas a Filo, porém, como o Filo Nematoda é o que possui mais parasitas de seres humanos, são os mais estudados no Ensino Médio. Existem cerca de 10.000 espécies descritas. Podem ser encontrados em grande quantidade no solo, na água e como parasitas.


Embriologia
São animais triblásticos (possuem os 3 folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme), pseudocelomados (cavidade do corpo é delimitada pelos tecidos da mesoderme e tecidos da endoderme), protostômios (quando o blastóporo dá origem à boca) e possuem simetria bilateral.
Tegumento
O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora muito resistente, produzida pela epiderme, composta principalmente de colágeno. Essa cutícula protege contra as enzimas produzidas pelo sistema digestório do organismo hospedeiro. A epiderme é composta por uma camada de células simples.
Musculatura
A musculatura dos nematódeos é composta por uma única camada de células que se distribui longitudinalmente pelo corpo. Essa musculatura lisa é responsável pelos movimentos desses animais. Provocam flexões dorsoventrais. A movimentação também vai depender da elasticidade da cutícula e do esqueleto hidrostático, líquido presente no pseudoceloma.
Respiração
Os nematódeos não possuem sistema respiratório, e a respiração é cutânea ou tegumentar, feita através de difusão.
Digestão
Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestório completo, ou seja, possuem boca e ânus.
A boca possui lábios ao redor. Esses lábios possuem papilas sensoriais, dentes ou placas cortantes. Os parasitas alimentam-se de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro, mas há também espécies fitófagas e carnívoras.

Foto: Sven Boström
Circulação
Não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes e substâncias tóxicas é feita pelo pseudoceloma.
Excreção
Possuem uma célula especializada, com um formato que lembra a letra H. Possuem dois canais longitudinais, que percorrem a lateral do corpo do verme, unidas por um canal transversal, que emite um ducto que elimina excretas pelo poro excretor. A principal excreta desses animais é a amônia.
Sistema Nervoso
Possuem dois cordões nervosos que percorrem o corpo do animal, ventral ou longitudinalmente. Da faringe partem os cordões nervosos. O cordão nervoso dorsal é responsável pela função motora, enquanto a ventral é sensorial e motora, sendo considerada a mais importante.
Reprodução
São animais dióicos, em sua grande maioria, possuem sexos separados. Apresentam dimorfismo sexual. Ou seja, a fêmea é diferente do macho. Normalmente os machos são menores e sua porção posterior é afilada e curva, para facilitar a cópula. A fecundação é cruzada e o desenvolvimento é indireto.

Sistema Cardiovascular(ausente) em Platyhelminthes

Os platelmintos são vermes de corpo achatado dorso-ventralmente (platy= chato; helminto= verme), com simetria bilateral. Podem ser parasitas ou de vida livre, estes podendo ocorrer nos mares, água doce ou em ambientes terrestres úmidos. Como parasitas de seres humanos podemos citar a tênia e o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. Outros animais também podem ser parasitados como o boi, o porco, os cachorros, gatos, etc. O corpo pode ou não possuir uma segmentação. A maioria das espécies são monóicas. Existem aproximadamente 20 mil espécies descritas de platelmintos.
Embriologia
São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos (possuem os três folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.
A ectoderme dá origem ao revestimento externo, a mesoderme dá origem à musculatura e ao parênquima, que é um tecido que preenche todo o espaço entre o intestino e a parede do corpo. A endoderme dá origem ao intestino e seu revestimento.

Tegumento
Os platelmintos possuem um epitélio simples, sendo a epiderme formada por uma camada simples de células. As espécies parasitas apresentam uma cutícula de proteção e, em alguns casos, ventosas para fixação. Alguns apresentam cílios na região ventral, para fins de locomoção. Podem possuir células mucosas, que produzem lubrificação para facilitar a locomoção.
Digestão
Os sistema digestório dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.
As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil (exteriorizada), o que facilita a captação de alimento, sugando.
As tênias não possuem
sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro.
Respiração
Não possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são feitas pela epiderme, por difusão. Este tipo de respiração recebe o nome de tegumentar ou cutânea e ocorre nas espécies de vida livre, pois as parasitas fazem respiração anaeróbia.
Circulação
Os platelmintos não possuem sistema circulatório. O alimento digerido é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem ramificado, pois ele é gastrovascular.
Excreção
São os primeiros animais a apresentar sistema excretor: o protonefrídio, que é formado por vários túbulos excretores com células-flama. As células-flama são fundamentais neste sistema excretor. Apresentam vários flagelos que promovem a movimentação dos fluidos, fazendo com que eles sejam muito bem filtrados. Os resíduos caem em um sistema de ductos ou túbulos, que se abrem para o exterior através de estruturas chamadas nefridióporos, que são poros excretores. Estes poros situam-se na superfície dorsal do corpo, lateralmente.
Esqueleto
Não possuem esqueleto.
Sistema Nervoso
Apresentam um processo chamado cefalização, ou seja, uma cabeça com estruturas nervosas e sensoriais. O sistema nervoso dos platelmintos é chamado ganglionar, formado por dois gânglios nervosos, que estão ligados a dois cordões nervosos ventrais e longitudinais, que são ligados por comissuras transversais e que percorrem toda a região ventral, até a parte posterior do verme.
As planárias de água doce possuem dois ocelos na região da cabeça, estruturas foto-receptoras. Estas estruturas não são
capazes de formar imagens, apenas perceber luz. Nas aurícolas, regiões laterais da cabeça, estão presentes células quimiorreceptoras, capazes de perceber várias substâncias químicas que se encontram dissolvidas na água.
Musculatura
A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes. Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma unidade funcional com a pele.
Reprodução
Estudaremos a reprodução dos platelmintos de acordo com cada classe.
- Classe Turbellaria
São animais de vida livre, possuem cílios para locomoção e um aspecto foliáceo. Um exemplo de representante desta classe é a planária.
São hermafroditas e fazem fecundação cruzada, a autofecundação é rara. Os dois indivíduos que estão acasalando ficam unidos pelos poros genitais. Cada um introduz o pênis na abertura genital do outro, trocam espermatozóides e se separam. Vários óvulos são fecundados e lançados para o exterior pelo poro genital. Os zigotos possuem uma cápsula protetora e vão eclodir planárias jovens, evidenciando um
desenvolvimento direto.
As planárias possuem um grande poder de regeneração, e se reproduzem assexuadamente por fissão transversal. Se cortarmos uma planária em vários pedaços, cada um irá ser regenerar e dar origem a um novo indivíduo
.
- Classe Trematoda
São endo ou ectoparasitas. Possuem ventosas para fixação, uma na região oral, outra ventral. Possuem cutícula protetora na epiderme e não possuem cílios. São hermafroditas, mas o S. mansoni é dióico. A fêmea vive numa cavidade do macho chamada canal ginecóforo. Fazem fecundação cruzada e interna. Como representante hermafrodita temos a Fasciola hepatica, que parasita o fígado de carneiros e eventualmente o ser humano.
- Classe Cestoda
São endoparasitas de corpo alongado, representados pelas tênias. Não possuem cílios, o corpo é metamerizado e não possuem tubo digestivo, alimentando-se por difusão dos nutrientes pré-digeridos pelo hospedeiro.
As tênias podem atingir até 8 metros de comprimento. O corpo delas é dividido em três partes: Cabeça ou escólex, que possui ventosas para a fixação no hospedeiro. A Taenia solium apresenta ganchos e ventosas; pescoço ou colo, região mais afilada e estróbilo, responsável pelo crescimento do organismo. Aí estão as proglótides, estruturas que possuem sistemas reprodutores feminino e masculino, ou seja, são hermafroditas. Após a fecundação as proglótides cheias de ovos se desprendem e são eliminadas com as fezes.



http://www.tma.tmn.ru/
http://www2.uah.es/zoologia1_paramayores/programa_teorico.htm
http://library.thinkquest.org/26153/marine/sketch/624.jpg
http://kentsimmons.uwinnipeg.ca/16cm05/16labman05/lb5pg6.htm
http://www.av-rinteln.de/Artikel/Planarien/turbellaria.jpg
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/filo-platelmintos/wp-content/uploads/2009/08/filo-platelmintos-2.gif
http://www.wormboss.com.au/LivePage.aspx?pageId=442

Sistema Cardiovascular em Cnidários

      O Filo Cnidária, anteriormente denominado de coelencerata, abrange os animais aquáticos, de forma geral, os marinhos, contudo com alguns representantes de água doce, reunindo em sua totalidade mais de 9 mil espécies representadas principalmente por organismos que vivem isoladamente (hidras, anêmonas-do-mar) e as formas coloniais (as caravelas).


CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular);
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular); Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)


Bibliografia

Sistema Cardiovascular(ausente) em Porífera

Filo Porífera


Animais dotados de poros por todo o corpo, por isso chamados de poríferos, e com um aspecto esponjoso, macio e flexível, podendo ser usados como esponja de banho. São também chamados de espongiários. Predominantemente aquáticos e marinhos, existindo uma família de água doce, a Spongillidae.
Sempre vivem fixos a um substrato, podem estar isolados ou em colônias; são diblásticos, filtradores, possuem um esqueleto silicoso ou calcáreo, não possuem sistema muscular, nervoso e sem diferenciação entre órgãos, por isso chamados parazoários.

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sábado, 20 de novembro de 2010

Sistema cardiovascular nos vertebrados.

 A fisiologia do sistema cardiovascular dos vertebrados apresenta como característica fundamental o transporte de diferentes substâncias. Entre as principais, destacam-se as seguintes: (1) oxigênio e dióxido de carbono conduzidos a partir dos órgãos respiratórios e dos tecidos do corpo; (2) substâncias de reserva levadas aos lugares onde são necessárias; (3) resíduos orgânicos e minerais em dissolução e água, transportados para os órgãos excretores; (4) hormônios conduzidos das glândulas endócrinas em que são gerados até onde são empregados; (5) células e humores que intervêm na proteção imunológica do organismo (anticorpos, leucócitos) e na regeneração do tecido dos vasos sangüíneos (trombócitos). Neste grande grupo biológico, o sistema circulatório consta de coração, artérias, capilares, veias e vasos linfáticos, juntamente com o líquido sangüíneo e a linfa.
O sangue é constituído por um fluido ou plasma que contém células sangüíneas. O plasma se compõe de água, proteínas características do sangue e sais minerais e é o meio que transporta as matérias solúveis. Os glóbulos vermelhos ou eritrócitos contêm um pigmento respiratório de cor parda ou vermelha, a hemoglobina, que serve para transportar o oxigênio aos tecidos. Por sua vez, os glóbulos brancos ou leucócitos são incolores. Em geral podem mover-se independentemente, mediante movimento amebóide (emissão e retração de prolongamentos). Leucócitos especializados, chamados fagócitos, limpam o corpo de bactérias e de outros organismos estranhos e eliminam células mortas. Quando um vaso sangüíneo é lesado, o sangue se coagula para fechar o ferimento e impedir sua própria perda. As células que intervêm nesse processo são as plaquetas. Na maior parte, as células sangüíneas se formam na medula, órgão protegido em cavidades dentro dos ossos.
O coração é constituído por uma série de câmaras que se comunicam entre si, rodeadas de paredes musculares. De acordo com a espécie, consta de um ou dois ventrículos e de uma ou duas aurículas. Entre as câmaras existem válvulas para impedir que o sangue retroceda.
As artérias, vasos sangüíneos que conduzem o fluxo do sangue procedente do coração, são revestidas de um endotélio liso integrado por uma camada de células escamosas simples. Suas robustas paredes se constituem de tecido muscular liso e fibras de sustentação que mantêm a pressão sangüínea determinada pelas contrações do coração. As artérias se ramificam e as mais finas, chamadas arteríolas, se conectam aos capilares microscópicos. O alimento e o oxigênio se distribuem por osmose (difusão através de uma membrana semipermeável) por meio dos capilares, e o dióxido de carbono e os dejetos que precisam ser eliminados passam pelo sangue. Os capilares se unem para formar pequenas veias e estas, por sua vez, formam outras maiores, que conduzem o fluxo sangüíneo até o coração. As veias têm paredes mais delgadas, já que sua pressão é menor que a das artérias.

Sistema cardiovascular nos invertebrados.

 Os nemertinos apresentam apenas dois vasos sangüíneos laterais e um dorsal, com muitas conexões transversais. As pulsações das paredes que formam seu corpo servem para impelir a circulação do sangue, que contém glóbulos vermelhos semelhantes aos dos vertebrados.
O sangue da maioria dos invertebrados tem um número reduzido de células no plasma -- a parte líquida sangüínea -- em comparação com o dos vertebrados. É freqüente a presença de corpúsculos de perfil irregular, parecidos com os glóbulos brancos. Alguns desempenham uma função fagocitária, na qual englobam e destroem os corpos nocivos, e outros contribuem para o transporte do alimento e de outras substâncias necessárias à manutenção do organismo. Nos insetos, muitas das células sangüíneas estão fixadas nos órgãos e só são comuns no plasma depois de um ferimento ou durante as mudas. O pigmento sangüíneo destinado a transportar o oxigênio costuma apresentar-se dissolvido no plasma.
O coração dos invertebrados é sempre dorsal em relação à posição do tubo digestivo. Nos moluscos, o coração fica dentro de um delgado saco pericárdico e consiste em uma ou duas aurículas de paredes delgadas que recebem o sangue do corpo e o passam para um ventrículo único de paredes musculares. Este último se contrai para impelir o sangue até as artérias, que o distribuem pelos diferentes órgãos. Nos insetos e em muitos outros artrópodes (animais de patas articuladas), o coração é constituído por um longo tubo dorsal com aberturas laterais segmentares (ostíolos) que recebem o sangue dos espaços lacunares do corpo e o impelem até os órgãos e tecidos através de uma artéria principal.
No grupo dos anelídeos, a minhoca apresenta um sistema fechado com vários vasos que lhe percorrem longitudinalmente o corpo e que se comunicam por meio de outros vasos transversais, emparelhados ao longo dos segmentos corporais. A circulação se realiza por contrações do vaso dorsal médio e por cinco pares de corações laterais situados nos segmentos anteriores do corpo.
Do exposto, é possível deduzir a pluralidade de formas e a variedade, em grau de complexidade, que os sistemas cardiovasculares dos animais invertebrados apresentam.

Tipos de sistemas circulatórios

Sistema circulatório aberto ou lacunar
É o tipo de sistema circulatório dos moluscos e artrópodes. O coração é pouco musculoso e composto por câmaras que bombeiam a hemolinfa, que é um tipo de sangue sem pigmentos. Esta hemolinfa é bombeada por um vaso dorsal e cai em cavidades do corpo do animal onde realiza trocas gasosas e depois é coletado pelos vasos e lacunas, voltando ao coração. Em artrópodes o coração é um tubo muscular longo.
Esta circulação é chamada de aberta, pois o sangue não circula totalmente dentro dos vasos.
Circulação fechada
Neste tipo de circulação todo o percurso do sangue é realizado dentro dos vasos sanguíneos. É mais evoluída que a circulação simples, o coração é mais musculoso, há capilares, a pressão sanguínea e velocidade do fluxo são maiores e a quantidade de alimento que pode ser transportado por unidade de tempo também é maior. Encontramos este tipo de circulação nos anelídeos e nos vertebrados, e nestes últimos, ela pode ser simples ou dupla.
Circulação fechada simples
Só existe um tipo de sangue, o venoso. Ocorre em vertebrados de respiração branquial – os peixes. O sangue realiza trocas gasosas nas brânquias e retorna ao coração.
Circulação fechada dupla
Neste tipo de circulação há dois tipos de sangue: o sangue venoso e o sangue arterial, pois há circulação pulmonar e circulação sistêmica. Esses dois tipos de sangue nuca saem da rede de vasos sanguíneos.
Pode ser dividida em completa e incompleta. Quando há mistura dos dois tipos de sangue porque o coração possui menos de quatro câmaras ou a separação destas é incompleta, a circulação é dita incompleta. Se não há mistura dos dois tipos de sangue, ela é dita completa.

Sistema Circulatório Fechado

 

O sistema circulatorio fechado é constituido por dois vasos principais, um vaso dorsal e um vaso ventral. O vaso dorsal, funciona como um coração, impulsionando o sangue por ondas de contracção, este por sua vez é constituido por arcos aorticos que impulsionam o sangue do vaso dorsal para o ventral.
Estes dois vasos estão ligados entre si por vasos laterais que se ramificam em vasos de menores dimensões formando redes de capilares ao nível de todos os orgãos onde ocorrem trocas de substâncias com o fluido intresticial.
Como exemplo deste deste sistema temos a minhoca: